Uma auxiliar de 31 anos morreu esfaqueada, esta terça-feira de manhã, por um aluno, de 15 anos, no Colégio Françoise Dolto, em Haute-Marne, no leste de França, durante um controlo de mochilas, avança o jornal francês Le Figaro. Os restantes 324 alunos da escola foram entretanto confinados, por questões de segurança.
O adolescente, até agora desconhecido da polícia, já foi detido, revelaram à agência de notícias AFP as autoridades locais e fonte próxima da investigação.
Durante a detenção do adolescente, um dos agentes ficou ferido numa mão.
A polícia e as equipas de emergência médicas receberam o alerta para a ocorrência às 8h15 (9h15 em Lisboa).
Recorde-se que os controlos aleatórios de mochilas foram implementado nos estabelecimentos escolares ses depois de, em março, um rapaz de 17 anos ter morrido durante uma rixa em frente a uma escola secundária do departamento de Essone, na região de Paris.
A ministra da Educação, Élisabeth Borne, está a caminho do local. Na rede social X (ex-Twitter) agradeceu a "serenidade e empenho" aos que controlaram o "agressor" e protegeram os "alunos e funcionários".
"Dirijo-me ao local para apoiar toda a comunidade escolar e a polícia", escreveu Élisabeth Borne no X.
Un drame terrible a frappé ce matin un collège de Nogent : une assistante d’éducation a été victime d’une attaque au couteau par un élève de l’établissement.
— Élisabeth BORNE (@Elisabeth_Borne) June 10, 2025
J’exprime tout mon soutien à la victime et à ses proches.
Je salue le sang-froid et l’engagement de celles et ceux qui…
Já o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que a "nação está de luto".
"Enquanto tomava conta das nossas crianças em Nogent, uma professora perdeu a vida, vítima de uma explosão de violência sem sentido. A nação está de luto e o governo mobilizado para reduzir a criminalidade", lamentou Macron.
Alors qu’elle veillait sur nos enfants à Nogent, une assistante d’éducation a perdu la vie, victime d’un déferlement de violence insensé.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) June 10, 2025
Tous, nous sommes aux côtés de sa famille, de ses proches, de ses collègues et de l’ensemble de la communauté éducative.…
Do lado da extrema-direita, a líder Marine Le Pen afirmou que "não a uma semana sem que um drama atinja as escolas" e avisou que "os ses não aguentam mais".
"A profanação da vida, a banalização da ultra-violência encorajada pela apatia dos poderes públicos para lhe pôr cobro e a explosão do porte de armas brancas. Os ses não aguentam mais e esperam uma resposta política firme, implacável e determinada ao flagelo da violência entre menores", lê-se no X, onde Le Pen enviou também condolências "à família desta professora".
Pas une semaine sans qu’un drame frappe l’école. Désacralisation de la vie, banalisation de l’ultraviolence, encouragée par l’apathie des pouvoirs publics à y mettre fin, explosion du port d’armes blanches, les Français n’en peuvent plus et attendent une réponse politique ferme,… https://t.co/sakDFbf5WY
— Marine Le Pen (@MLP_officiel) June 10, 2025
Ainda na União Nacional, o presidente, Jordan Bardella, condenou a "selvajaria sem precedentes" de que "França é vítima" todos os dias.
"Todos os dias França sofre de uma selvajaria sem precedentes, que não poupa lugar nem território. Não é altura de fazer observações: é preciso agir, sem tréguas", apelou Bardella.
Hier, vous dénonciez « ceux qui brainwashent sur les derniers faits divers ».
— Jordan Bardella (@J_Bardella) June 10, 2025
Les Français subissent à la fois la violence d'en bas et le mépris d'en haut : on ne peut plus tolérer cette alliance inable de la sauvagerie sur le terrain et du déni à la tête de l'État. https://t.co/XFy1NUZ2qX
[Notícia atualizada às 15h37]
Leia Também: Morreu Sly Stone, pioneiro do funk e líder dos Sly and the Family Stone