André Villas-Boas condenou, esta quarta-feira, o ataque de que foram alvo cinco adeptos do FC Porto em Lisboa, ontem à tarde, por parte de membros ligados a uma claque do Sporting. Nos EUA, onde o FC Porto chegou nas últimas horas para disputar o Mundial de Clubes, o presidente dos dragões comentou ainda a reação do Sporting.
"São imagens violentas que entraram por muitas casas adentro. Não nos chegam os comunicados, precisamos do apoio do Governo, mas de vocês, comunicação social, para levar ao desporto uma nova educação e expulsar da sociedade este tipo de comportamentos", começou por dizer Villas-Boas, prosseguindo.
"O FC Porto está a prestar todo o apoio às vítimas e familiares, não só em apoio logístico e técnico, mas emocional pela violência dos atos que foram cometidos. Resta-nos que a justiça entra em força também. As diligências foram muito rápidas. Estamos muito satisfeitos com a APCVD e o Rodrigo Cavaleiro foram inexcedíveis na prontidão com que atuaram sobre caso. Esperemos que os arguidos e os faltosos sejam encontrados e paguem", apontou.
Questionado sobre se isto afetaria a relação do FC Porto com o Sporting, André Villas-Boas recordou um episódio do ado.
"Não falei com o presidente Varandas. Não entrou em o comigo. Registei o comunicado do Sporting e as declarações de hoje. Recordo que há uns anos, o doutor Domingos Gomes, num ataque que o FC Porto sofreu, também por adeptos do Sporting, salvou dois adeptos do Sporting da morte e de imediato prestou assistência ao mesmo", vincou.
"São situações graves e devem ser condenadas, o Sporting condenou-as. Em outubro do ano ado solicitámos uma reunião ao Governo, onde os três grandes e o Sp. Braga marcaram presença no sentido de melhorar o policiamento e a prontidão com que se atua. Temos um combate longo pela frente. Tivemos inúmeros episódios de violência este ano. Temos de combater. Não só com palavras, será com atos. Não dirijo o Sporting, mas seguramente que o presidente do Sporting irá atuar contra os culpados com as suas devidas ações e diligências", acrescentou.
O presidente do FC Porto ainda pediu a ajuda da comunicação social e destacou que o caso está agora entregue às autoridades competentes.
"Este é um ataque na via pública, com imagens fortes e violentas e espero que não seja feita vista grossa por parte de alguns órgãos de comunicação social. Tivemos episódios de violência no desporto condenados de outra forma na comunicação social. (...) Também é o de todos. É um ato cometido na via pública e uma tentativa de homicídio evidente. O caso está bem entregue às autoridades para encontrarem as melhores formas de culpar os suspeitos. Sabemos que os adeptos já estão de regresso ao Porto e que foi dada hoje a última alta", rematou.
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