EUA reivindicam eliminação de alto dirigente do Estado Islâmico na Síria

As Forças Armadas dos Estados Unidos reivindicaram na quinta-feira a eliminação de um alto dirigente do movimento terrorista Estado Islâmico (EI) no noroeste da Síria.

Síria, Damasco,

© OZAN KOSE/AFP via Getty Images

Lusa
13/06/2025 07:03 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Síria

O Comando Militar do Médio Oriente (Centcom) afirmou no X que as forças norte-americanas "realizaram um ataque aéreo preciso no noroeste da Síria, matando Rakhim Boev, um líder do EI".

 

Rakhim Boev "esteve envolvido no planeamento de operações externas que ameaçavam os cidadãos norte-americanos, os nossos parceiros e os civis", adiantou o Centcom.

Os Estados Unidos mantêm tropas na Síria no âmbito de uma coligação internacional criada para combater os jihadistas do EI.

O ataque de terça-feira no noroeste da Síria, um alvo regular dos Estados Unidos, ocorreu no dia em que os Capacetes Brancos, uma organização de resgate síria, noticiaram no X que duas pessoas tinham sido mortas em dois ataques separados de 'drones'.

O Centcom não confirmou ter sido nestes ataques que foi morto o dirigente do EI.

O EI foi derrotado em 2017 no Iraque e em 2019 na Síria, depois de controlar uma grande área em ambos os países, mas algumas células do movimento permanecem aí ativas.

Depois de derrubar o Presidente Bashar al-Assad, em dezembro, as novas autoridades sírias anunciaram a sua intenção de dissolver todos os grupos armados ativos no país e comprometeram-se a combater o EI.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, pediu ao Presidente interino sírio, Ahmad al-Shareh, na Arábia Saudita, que "ajudasse os Estados Unidos a impedir o ressurgimento do EI", num encontro recente entre ambos.

Os Estados Unidos iniciaram este mês a redução do número de militares na Síria, tendo por objetivo manter apenas uma base militar no país, anunciou o enviado norte-americano Thomas Barrack.

"A redução da nossa missão está em curso. aremos de oito para cinco, depois para três bases. E terminaremos com uma", disse recentemente o enviado especial dos EUA para a Síria, que é também embaixador dos EUA na Turquia, em entrevista ao canal de televisão turco NTV.

Os Estados Unidos anunciaram em meados de abril que estavam a reduzir para metade a sua presença militar na Síria, considerando que tinham combatido "com sucesso" o EI.

No entanto, continua ativo através de células dispersas, responsáveis por ataques esporádicos, sobretudo contra forças curdas no nordeste da Síria.

Segundo o Pentágono, a presença norte-americana será reduzida "para menos de mil soldados nos próximos meses", dos cerca de 2.000 atualmente destacados.

No final de maio, o EI reivindicou o seu primeiro ataque contra forças do novo governo sírio desde a queda do presidente Bashar al-Assad.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, sediado no Reino Unido e com uma vasta rede de fontes no terreno, um civil foi morto e três militares da 70.ª divisão do exército sírio ficaram feridos na sequência da explosão de uma mina terrestre ativada remotamente, em 28 de maio.

De acordo com o SITE Intelligence Group, uma organização especializada na monitorização de conteúdos jihadistas online, tratou-se do primeiro ataque oficialmente reivindicado pelo EI contra as novas autoridades sírias.

Num comunicado revelado pelo SITE, o EI afirma ter detonado um engenho explosivo improvisado contra um veículo das forças armadas sírias na província de Sweida, no sul do país.

Leia Também: "Terroristas". Israel detém membros do Hamas nos arredores de Damasco

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