"Deve ficar claro que condenamos a violência, independentemente da sua origem", disse Sheinbaum na sua conferência de imprensa matinal, apelando ao "respeito pela dignidade humana e pela lei".
Para a chefe de Estado mexicana, "incendiar viaturas parece mais um ato de provocação do que de resistência".
Cerca de 42 cidadãos mexicanos foram detidos durante operações da polícia federal norte-americana contra estrangeiros, de acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros mexicano, Juan Ramon de la Fuente, que acrescentou que, no domingo, quatro deles foram deportados.
"O Governo mexicano continuará a utilizar todos os meios diplomáticos e legais ao seu dispor" face a "práticas que criminalizam a migração e põem em risco a segurança e o bem-estar das comunidades (mexicanas) nos Estados Unidos", prometeu Sheinbaum.
Centenas de manifestantes protestaram nos últimos dias em Los Angeles, Califórnia, contra as rusgas levadas a cabo pela polícia de estrangeiros e fronteiras dos Estados Unidos.
Perante os protestos, marcados por confrontos entre manifestantes e agentes de segurança federais, o Presidente norte-americano republicano, Donald Trump, decidiu mobilizar a Guarda Nacional.
Cerca de 300 membros da Guarda Nacional chegaram à cidade no fim de semana, e Trump disse que autorizaria a mobilização de 2.000 membros, caso fosse necessário.
Os confrontos começaram na sexta-feira, quando dezenas de manifestantes se reuniram do lado de fora de um centro de detenção federal exigindo a libertação de 44 pessoas presas pelas autoridades federais de imigração em Los Angeles, como parte da campanha de deportação em massa de Trump.
Os protestos, que se prolongaram pelo fim de semana, foram marcados por dezenas de detenções e o registo de feridos, incluindo dois jornalistas.
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